Cuidadores informais concentram-se em frente ao Parlamento
Cerca de cem pessoas concentraram-se esta sexta-feira, 16 de março, em frente ao Parlamento para reclamar apoios e a criação do estatuto do cuidador informal.
Há dois anos, os cuidadores informais já tinham entregue na Assembleia da República uma petição, assinada por 14 mil pessoas, que pudesse ser discutida em plenário. A petição em questão solicita, entre outras, “o devido reconhecimento social e jurídico” dos cuidadores, a redução do horário laboral e o direito a uma pensão de sobrevivência mensal após a morte do doente. Na manifestação realizada, José Soeiro, deputado do Bloco de Esquerda, afirma que o partido quer “garantir o direito ao descanso dos cuidadores” e “reforçar os apoios sociais que são dados”. “As pessoas que prestam cuidados não podem estar 24 horas por dia, 365 dias por ano, a prestar cuidados. Devem ter direito a descansar, direito a tirar férias”, afirma. Nesse sentido, é necessário “reconhecer os cuidados informais como uma parte dos cuidados que são prestados”, é necessário que haja “reconhecimento, apoio social, capacitação e à formação para os cuidados que prestam”. O deputado afirma que se trata de “garantir um conjunto de direitos e de reconhecimentos que hoje não existe a mais de 800 mil pessoas em Portugal que prestam cuidados informais”.